Acabei de ler Capitalismo Parasitário, um livro de Zygmunt Bauman, o primeiro que leio dele. Gostei do livro, e da forma como o autor expõe. Lerei outros livros dele. Somei à minha lista do Skoob também os livros que ele cita no decorrer dessa obra.
A ideia central do livro não é nova. O autor recorda que Rosa Luxemburgo sustentava que a acumulação capitalista não sobrevive sem explorar economias "não capitalistas". Ele atualiza essa noção e dá nome a ela (o título do livro):
"Sem meias palavras, o capitalismo é um sistema parasitário. Como todos os parasitas, pode prosperar durante certo período, desde que encontre um organismo ainda não explorado que lhe forneça alimento. Mas não pode fazer isso sem prejudicar o hospedeiro, destruindo assim, cedo ou tarde, as condições de sua prosperidade ou mesmo de sua sobrevivência."
Ele aplica essa visão à atual crise econômica mundial, mostrando que sua origem (as hipotecas subprime nos EUA) está nessa forma "parasitária" de agir por parte de quem detém o poder econômico. No caso, ao invés de economias não capitalistas, como previsto por Rosa Luxemburgo, quem fez o papel de hospedeiro foram os cidadãos "desprovidos dos requisitos necessários à concessão de um empréstimo", aos quais foi prometida/vendida uma prosperidade irreal adquirida através de empréstimos.
Depois que esse hospedeiro foi destruído (suas casas foram tomadas), parece-me que o hospedeiro atual é o Estado. Embora eu não creia que o Estado venha a ser destruído, a população trabalhadora dos países em crise tem sido bastante afetada.
Volto agora a ler Os Miseráveis, mas vou fazer pelo menos mais um post sobre esse livro do Zygmunt.
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